A professora potiguar Lígia Santos, de 33 anos, viveu a emoção de estar grávida da primeira filha em 2020 e aguardou ansiosamente pelo nascimento dela no fim de dezembro. No entanto, ela foi infectada pelo coronavírus e, por recomendações médicas, os planos mudaram.
A pequena Valentina, então, veio ao mundo de forma prematura – com 36 semanas de gestação – no dia 2 de dezembro, mas a mãe, por conta do vírus, não pôde conhecê-la de perto. E a Covid-19 se agravou, fazendo com que Lígia precisasse ser intubada na UTI, onde passou 10 dias, correndo risco de vida.
A angústia terminou na última quarta-feira (16), quando a professora recebeu alta do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, e conseguiu, finalmente, conhecer a própria filha na casa da família, na zona rural de Macaíba, na Grande Natal.
Ao todo, foram 14 dias até esse reencontro e 13 dias da professora internada por conta da Covid-19. Nesse período, a mãe de Lígia, Graça Oliveira, cuidava da neta.
“A emoção era de felicidade, porque eu via uma segunda Lígia. Mas meu coração parava num instante, porque eu via a hora criar uma neta órfã de mãe. Foi difícil. Era um sentimento de felicidade e ao mesmo tempo de tristeza. Mas Valentina me trouxe segurança, transparência e tranquilidade. E aí eu consegui ter forças pra superar esse momento”, disse.
Segundo Graça, os médicos chegaram a dizer que a situação era crítica e que Lígia tinha 90% de chance de não voltar para casa por causa das complicações da Covid-19.
“Naqueles dias em que Lígia estava internada, pra mim era o fim de tudo. Foi muito difícil. Pedi então oração em redes sociais, aos amigos, aos católicos, aos evangélicos, aos espíritas. Desde de que viessem em oração para levantar Lígia naquele momento”.
Do G1RN
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