Na mesma esquina Lara e Adriana passam a noite desde a adolescência. As travestis chegam cedo no cruzamento das Avenidas Interventor Mário Câmara com Capitão Mor Gouveia, no bairro Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal. Lara conta que tem 20 anos e é garota de programa desde os 18. “Tenho uma família que não aceita e ainda enfrento muito preconceito”, relata.
Por causa da violência enfrentada todas as noites nas ruas de Natal, Lara sofreu um atentado há alguns meses. “Estava trabalhando por volta das 20h, quando um homem parou e saiu atirando em todas que estavam próximas e um dos tiros pegou em mim”, explicou. Ela sobreviveu, mas ainda carrega a cicatriz.
Elas falam sem se identificar porque temem serem reconhecidas e serem vítimas de homofobia. “É muito humilhante, eles querem fazer o que querem com a gente e muitas vezes somos agredidas”, conta uma delas.
Mas Lara afirma que tem esperança das coisas mudarem e todos poderem conviver em paz.
OP9
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