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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

“Meu irmão está muito doente”, diz irmã de PM que fez filho refém, em Macaíba

“Meu irmão está muito doente, está precisando de ajuda”. Com essas palavras, Gessy Bezerra, irmã do policial militar Hermano Mangabeira, 34 anos, falou com exclusividade para a TV Ponta Negra, emissora do Sistema Opinião, após o irmão ter mantido o filho de seis anos como refém na frente da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Macaíba, Grande Natal, nesta quinta-feira (06/09).

A família ficou chocada quando soube. “Eu fui pega de surpresa. Vinha no ônibus de Mangabeira e uma amiga mandou mensagem perguntando se eu estava sabendo de um homem que estava com o menino na frente da igreja e eu disse que não. Depois quando olhei no meu telefone tinha 22 chamadas. Minha sobrinha me ligou e disse – tia, Hermano tá com o menino fazendo refém na frente da igreja. Não sei o que fez ele tomar essa atitude, porque é uma pessoa calma, tranquila”, afirmou.

O policial militar Hermano Mangabeira, 34 anos, já tinha sido preso por descumprimento de medida protetiva durante 60 dias e estava separado da esposa há mais de dois anos. Gessy Bezerra confirmou que a ex-esposa de Hermano tinha medida protetiva contra ele. Ele está afastado da corporação por problemas psiquiátricos.

“Não sei dizer o motivo dele ter tomado essa atitude drástica. Meu irmão está precisando de um tratamento médico e de carinho. Eu sei que ele vai sofrer muito quando for pagar pelo que fez, ficar internado e não puder ver o filho. O menino é tudo para ele”, ressaltou Gessy.

O delegado de Macaíba, Cidórgeton Pinheiro, confirmou que a Polícia Civil pediu a prisão do PM. “Foram vários crimes. Cárcere, disparo em via pública, resistência à prisão, desobediência, porte ilegal de arma, descumprimento de medida protetiva, receptação de arma de fogo e sequestro qualificado são certos que ele cometeu”, explicou Pinheiro.

Cidórgeton Pinheiro esteve o tempo todo negociando com Hermano durante o sequestro na tarde de quinta-feira. “O objetivo era encerrar aquela crise com o desfecho mais favorável, resguardando as vidas. Houve picos de agressividade dele e o disparo que ele efetuou foi algo inesperado”, relatou o delegado.

Foram mais de quatro horas de tensão. “Infelizmente a criança passou por um trauma, uma dor muito forte. Em alguns momentos ele chegou a ameaçar a vida da criança, mas a gente tentava mostrar a realidade para ele, que existia um dia após esse e que ele podia seguir”, explicou Pinheiro.

As forças policiais tiveram a ajuda de um amigo do PM e de um psicólogo e por volta das 21h ele se entregou e liberou a criança. O menino foi levado pelo delegado e recebido pela mãe e familiares.

                                      

OP9 RN




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